sábado, 30 de maio de 2009

Coleção Grandes Psicólogos










Wilhelm Reich, nascido em 1897 na Galícia, foi o fundador do que poderíamos chamar de psicoterapia orientada para o corpo.
Em seu trabalho Reich veio, gradualmente, enfatizar a importâcia de lidar-se com os aspectos físicos do caráter de um indivíduo, em especial os modelos de tensão muscular crônica, que ele chamou de couraça muscular.
Ele estava também interessado no papel que a sociedade desempenha na criação de inibições dos instintos - em particular os sexuais - do indivíduo

Francés afirma que a unidade fundamental do pensamento reichiano pode ser apreciada em sua obra A função do orgasmo, publicada em 1929, que indica a base da enfermidade mental e dos conflitos e tensões sociais como uma perturbação do desenvolvimento livre e sadio das funções biológicas básicas, precisamente a do orgasmo, relacionando o equilíbrio individual e social com o equilíbrio orgânico e celular no quadro de um processo energético.

Conceitos básicos:
1. A saúde psíquica depende da potência orgástica;
2. A enfermidade mental é um resultado das perturbações da capacidade natural de amar;
3. A maioria dos seres humanos sofre de impotência orgástica, pois a energia biológica está bloqueada e se converte, assim, na fonte das mais diversas manifestações irracionais;
4. A cura dos transtornos psíquicos requer, em primeiro lugar, o restabelecimento da capacidade natural de amar. Isso depende tanto das condições sociais como das psíquicas;
5. As perturbações psíquicas são o resultado do caos sexual, originado pela natureza da sociedade;
6. A energia vital, em circunstâncias naturais, tem poder de auto-regulação;
7. A estrutura caracterológica do homem atual – que vem perpetuando uma cultura patriarcal e autoritária há quatro mil anos –caracteriza-se por um “encouraçamento contra a natureza dentro de si mesmo e contra o mundo social que o rodeia”. (Reich, 1974) Esse encouraçamento do caráter é a base da solidão, do desamparo, do insaciável desejo de autoridade, do medo da responsabilidade, da angústia mística, da miséria sexual, da rebelião impotente, assim como de uma resignação artificial e patológica. Os seres humanos têm adotado uma atitude hostil quanto ao que está vivo dentro de si mesmos, do qual têm se distanciado. Esse encouraçamento não possui uma origem biológica, e sim social e econômica;
8. A formação do caráter no âmbito autoritário tem como ponto central não o amor parental, mas a família autoritária. Seu instrumento principal é a supressão da sexualidade na criança e no adolescente;
9. O não cumprimento da lei natural da sexualidade (o homem é a única espécie que não a cumpre) é a causa imediata de uma série de desastres terríveis. “A negação social extrema da vida conduz às mortes em massa em forma de guerras, assim como as perturbações psíquicas e somáticas do funcionamento vital.” (Reich, 1974);
Segundo Ruiz e Marinho (2004) Os seres humanos, da mesma forma que todos os seres vivos, possuem uma energia interna que Reich nomeou de energia orgônica. ‘A energia orgônica flui em ritmo constante através de todo o corpo, do alto da cabeça à planta dos pés, pode ser sentida como uma agradável e quente sensação de saúde e bem estar’ (BEAN, 1973). Quando a energia orgônica não pode percorrer esse caminho de ida e volta, vai ocorrer um excesso de energia criando um estado de tensão. As queixas são comuns no consultório sobre impulsividade, doenças psicossomáticas, solidão, depressão, entre outras, pesquisando alguns casos, juntamente com a teoria encontramos um ponto em comum, a necessidade que as pessoas têm de um apoio emocional, o medo de estar consigo mesmo e a busca desenfreada para preencher um vazio de si mesmo.

Segundo Reich, a Energia Orgônica teria as seguintes propriedades principais:
1. A Energia Orgônica é livre de massa; não tem inércia nem peso.
2. Está presente em qualquer parte, embora em concentrações diferentes, até mesmo num vácuo.
3. É o meio para a atividade eletromagnética e gravitacional, o substrato da maioria dos fenômenos naturais básicos.
4. A Energia Orgônica está em constante movimento e pode ser observada sob condições apropriadas.
5. Altas concentrações de Energia Orgônica atraem a Energia Orgônica de ambientes menos concentrados (o que contradiz a lei da entropia).
6. A Energia Orgônica forma unidades que se tornam o centro da atividade criativa. Estas incluem células, plantas e animais, e também nuvens, planetas, estrelas e galáxias.

Referências:

RUIZ, E. A. R.; MARINHO, S. E. Uma forma de sustentação: holding. In: CONVENÇÃO BRASIL LATINO AMÉRICA,CONGRESSO BRASILEIRO E ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS. 1., 4., 9., Foz doIguaçu. Anais... Centro Reichiano, 2004. Disponível em Centro Reichiano.
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=161&sec=53
http://www.geocities.com/SunsetStrip/Palms/2102/reich1.html.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Notícias do Novo Enem

Por Wanessa de Almeida
Do site BrasilEscola
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou ontem a matriz de habilidades do novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O documento foi aprovado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação, Consed, com o aval das universidades federais.  A matriz traz um conjunto de 30 habilidades para cada uma das quatro áreas que irão compor o exame a partir de agora: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias e matemáticas e suas tecnologias. Além disso, para cada área, também são explicitados quais conteúdos curriculares específicos do ensino médio relacionados. Vale ressaltar que a disciplina de Língua Estrangeira só será incorporada ao exame a partir do ano que vem.
A ideia do MEC é que o novo modelo incentive o raciocínio com questões que medem o conhecimento dos alunos por meio de enfoque interdisciplinar. O Inep ressalta que a nova proposta não abandona a idéia de questões contextualizadas, que exigem do estudante a aplicação prática do conhecimento, e não a mera memorização de informações.  Cronograma O instituto divulgou também o provável calendário do Enem 2009. As inscrições deverão ser feitas entre 15 de junho e 17 de julho. A maneira como elas serão realizadas é que ainda não está definido. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro.  Já os resultados das quatro provas de múltipla escolha serão disponibilizados no dia 4 de dezembro. O resultado final, que inclui a nota da redação, será publicado em 8 de janeiro de 2010.  Vestibular unificado  Até o fim deste mês, o Ministério da Educação (MEC) irá anunciar a relação final de universidades federais que vão adotar o novo Enem como critério de seleção. O dia 20 maio foi o prazo final estabelecido pelo Comitê de Governança do Enem para que as instituições que vão utilizar o exame como fase única em seus vestibulares se manifestem. Vencido o prazo, será realizada uma reunião entre os reitores dessas universidades e o Comitê, para o aperfeiçoamento das regras do Sistema de Seleção Unificada. 
Para baixar o documento clique aqui.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lidando com a raiva


Por Reg Connolly no site Golfinho.com.br

Por volta de 1700, viveu um médico britânico chamado John Hunter. Ele tinha um péssimo humor e, não surpreendentemente, sofria de angina peitoral. Ele costumava dizer: "Minha vida está à mercê de qualquer salafrário que decida provocar a minha ira." Isso foi profético. Numa reunião do conselho do St. Georges Hospital, ele se envolveu numa discussão acalorada, retirou-se em sinal de desaprovação e caiu morto.

O que a raiva nos provoca

Por milhares de anos tem sido reconhecido que a raiva contribui para numerosas doenças físicas, especialmente as do coração, como no caso de John Hunter. Ela também tem outros efeitos, mais imediatos e desagradáveis. A raiva crônica ou contínua consome muita energia mental e física, retira o prazer da vida, interfere no pensamento construtivo e proveitoso, ameaça nossos relacionamentos e a perspectiva de uma carreira, solapa a nossa auto-estima e, quando exagerada, pode nos obcecar de tal modo que impede outros pensamentos na nossa mente.

Depois de uma forte discussão, você pode ficar afetado por horas, ou mesmo dias, enquanto, por inúmeras vezes, você revisa o evento na sua mente, agita as sensações da raiva e inclui outras. E, durante esse tempo, o seu humor está sendo governado pela memória da pessoa com quem você está furioso. Você está fora de controle. Você é vítima do evento.

O que é raiva?

Raiva é a sensação que experimentamos quando os eventos no nosso mundo não estão indo de acordo com nossos planos ou critérios. É como se tivéssemos uma ideia interna de como as coisas, eventos e pessoas deviam ser – e, quando elas não "dançam no nosso ritmo", ficamos furiosos e, ao mesmo tempo, nos sentimos frustrados ou tentamos mudá-las.

Razão... ou felicidade?

Muitas vezes, sentimos que a nossa raiva é totalmente justificada e ficamos pensando: "Bem, se o mundo andasse segundo as minhas regras, seria um lugar muito melhor – então, quem pode me culpar por me sentir irritado com a estupidez ou a negligência dos outros – com a recusa deles em reconhecerem que o melhor caminho é do meu modo..."

Isso, evidentemente, é tolice. O mundo não anda nem irá andar pelas regras de qualquer um. O mundo sempre será completamente caótico. Esta é a realidade – e não há sentido em estimular isso. Também é um fato que o mundo é povoado por muitas pessoas com regras, valores e comportamentos um pouco excêntricos (de acordo com nossos padrões).

Elas continuarão a dirigir seus carros de maneira diferente da nossa – e a ter diferentes opiniões sobre o que é ou não um comportamento respeitoso, pontualidade, asseio, honestidade, etc. Ficar furioso é inútil porque não muda nada. Nós nem mesmo temos o direito de mudar as outras pessoas.

Você pode sentir que estava com a RAZÃO quando ficou brabo. Mas a pergunta chave é: isso o deixou contente? Isso contribuiu para a sua FELICIDADE? E para a felicidade das pessoas em sua vida?

Como isso ocorre?

Entender a mecânica da sua raiva é o primeiro passo para controlar esse humor. Essa mecânica é bem simples. Você tem uma versão de como as coisas devem ser e compara continuamente a realidade com a sua versão – e fica furioso quando a realidade pega a versão errada!

Como parte desse processo, você tem uma lista mental de gatilhos que você compara com a realidade e quando a realidade pega ‘o errado’, você fica raivoso.

O que fazer com a raiva?

(1) Conservar – ou expressar?

Alguns especialistas dizem que você deve "expressar" a sua raiva em vez de refreá-la. Eles chamam a atenção que a supressão da raiva pode levar a doenças no coração. Outros dizem que expressar a raiva torna as coisas piores porque ela agrava uma situação já difícil e pode trazer consequências desagradáveis para os seus relacionamentos, sua carreira, e até mesmo para a sua autonomia pessoal.

A escolha parece ser desabafar, e não ficar doente – mas você pode acabar sozinho ou na prisão. Ou dominar a sua raiva e ser mais benquisto – porém ficar doente!

Felizmente, existe uma terceira opção – em primeiro lugar, não ficar furioso.

(2) Dissolver a raiva

A melhor maneira de lidar com o hábito da raiva é impedir, em primeiro lugar, sua ocorrência. Descobrir quais os gatilhos que despertam as suas sensações de raiva e desativar cada um sistematicamente. Ao fazer isso, reconheça como esses gatilhos o controlam, porque é isso que eles fazem – você encontra o gatilho e vai embora – no piloto automático, fora de controle, dirigido por suas emoções.

Comece fazendo uma lista de todos os gatilhos que produzem faíscas em você. Ao fazer isso, considere o valor de permanecer no controle desses gatilhos. Por exemplo, a sua auto-estima sofre – mais tarde você se sente mal porque se deixou envolver e perdeu o controle. Você se sente mal pensando em como os outros o enxergam. Sua família, seus parceiros e seus amigos tendem a tratá-lo com precaução, porque eles não podem relaxar na sua companhia – eles têm que ficar de guarda, esperando a próxima explosão. E, depois, aquelas desculpas e intenções – "Eu sinto muito. Nunca mais vou fazer ou dizer isso novamente. Eu prometo!" E ninguém mais acredita em você.

Há também o custo para a sua paz de espírito, ao revisar os eventos infinitas vezes, repassá-los e sentir novamente as mesmas sensações repetidas vezes! E, todos os dias, ficar atento a todas as oportunidades para se sentir perturbado.

(3) Um gatilho por semana

Pegue um gatilho por semana e desative-o. Decida que a partir de agora você quer ser feliz na maior parte do tempo, mesmo que tenha que deixar as pessoas "fazerem as coisas do jeito delas". Escreva o custo de continuar vítima desse gatilho para a sua saúde, felicidade, relacionamentos, etc.

Só fazer isso não irá impedi-lo de ficar furioso. Você precisa fazer um pouco mais. Ao ficar furioso, acalme-se imediatamente com algum exercício de respiração e depois tenha um papo racional com você mesmo – "Tá certo, fiz de novo. Eu me deixei levar. Mais uma vez fui enganado por ele. Mas estou aprendendo a aceitar as coisas mais facilmente pois sei o que me custa deixar os gatilhos me controlarem e também porque já estou farto de ser vítima deles!"

Desenvolver dessa maneira a sua atenção, de forma metódica, irá desativar gradualmente a sua tendência de perder as estribeiras. Também desativa a tendência de justificar a sua raiva. Na PNL nós chamamos esses gatilhos de âncoras .

Os epiléticos sabem quando um ataque é iminente e tomam as precauções adequadas; 
nós devemos fazer o mesmo com relação à raiva. (Sêneca)

Nem tudo é "ruim"

Lembre-se de que nem toda raiva é insalubre. Algumas vezes a raiva é bastante apropriada – ela pode ser a nossa defesa para impedir que outras pessoas nos manipulem ou nos dominem. E pode nos motivar a agir contra a injustiça. A raiva é saudável quando não é contínua e quando canalizada adequadamente em uma ação apropriada.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Como escrever melhor

Do site Efetividade.com

Não se intimide. Colocar suas idéias por escrito pode ser uma tarefa desafiadora, ainda mais quando se quer fazê-lo de forma sintética. Aceite o desafio, pois um texto curto e direto tem muito mais chance de ser lido integralmente, e o processo de escrevê-lo pode ajudar você até mesmo a refinar a sua idéia.

Primeiro sintetize mentalmente. Não saia escrevendo parágrafos a esmo, para depois se ver obrigado a amputá-los, formando um texto desconjuntado. Pare, delimite, pense nos tópicos essenciais do seu tema, coloque-os em ordem de importância, corrija excessos e ausências. Ao fim do processo, você já terá uma boa idéia do que deverá ser escrito, e em que ordem.

Deixe o título e o começo para depois. Em um texto curto, a primeira frase pode ser a mais importante, e não necessariamente precisa seguir a regra de apresentar uma síntese. Existem muitas formas de dar ao leitor uma razão para prosseguir a leitura (o texto que você está lendo, por exemplo, começou com uma pergunta que apresenta um desafio), e é mais fácil escolher a certa quando o corpo do texto já está pronto.

Seja direto. Você não precisa guardar o melhor para o final, e nem abusar de enfeites estilísticos. Bons textos curtos vão direto ao ponto, em palavras simples e vivas, com uma sequência lógica e cadenciada.

Quebre os parágrafos. Nem sempre é adequado recorrer a listas de itens, como eu fiz neste texto, mas vale a pena evitar os parágrafos longos. Em um texto organizado e bem dividido, o leitor tem maior facilidade em captar a importância e o interesse antes mesmo de começar a ler.

Escreva para o seu leitor. Parece óbvio, mas muita gente escreve sempre como se o texto fosse ser lido pelos seus professores, pelos seus desafetos ou, ainda pior, pelo Google. Saiba a quem você está se dirigindo, e use a linguagem adequada, sem jargões, sem técnicas que privilegiam indexadores em detrimento dos leitores de carne e osso, e sem exagerar na inclusão de destaques, piadas internas e espertezas verbais.

Não tente esgotar seu tema. Poucos temas podem ser esgotados em 2 páginas. Ao escrever um texto curto, mantenha o foco nos aspectos essenciais. Se necessário, referencie fontes onde há maior detalhamento, mas sem tentar reproduzi-las.

Busque o equilíbrio. Após escrever a primeira versão, compare o texto com a lista de tópicos essenciais que você identificou antes de começar. Verifique se estão todos presentes, e se você não dedicou espaço demais aos seus preferidos, em vez dos mais importantes.

Leve o leitor a concluir algo. O leitor pode até discordar de você, mas precisa terminar a leitura sabendo qual era a sua intenção - mesmo quando o texto terminar em um questionamento ou convite a reflexão.

Releia, treleia e quadrileia. Em textos curtos, todos os erros ficam mais evidentes. Revise múltiplas vezes, procure por erros de ortografia e estilo, corrija as idéias incompletas e os excessos.

domingo, 10 de maio de 2009

Dicas para uma boa TCC


Preocupado com o Trabalho de Conclusão de Curso?
Não é sem razão. Pouco tempo, falta de experiência em escrita, dificuldade de articulação de idéias. São vários problemas que afligem o novo pesquisador (conforme já articulei num post anterior. Veja aqui), mas o primeiro e mais difícil é: como vou começar? 
Tal como William Forrester (Sean Connery)  no filme Encontrando Forrester (Finding Forrester), a sugestão inicial é escrever tudo o que vier à sua cabeça. Faça um Brainstorming (veja como fazer clicando aqui) abordando tudo o que tem a ver com o tema escolhido. Perguntas, experiências, críticas, imagens, sons, cheiros... (é! Gosto de estudar com som! Agora estou escrevendo ao som de Lady Gaga)
Após este primeiro passo, busque juntar uma idéia a outra que seja aproximada, que tenha um sentido comum. Faça um desenho ou um gráfico com as palavras-chaves todas lançadas em uma folha de papel em branco de forma que fiquem próximas de idéias parecidas.
Numere as idéias principais. Coloque peso nas mais importantes. Minha sugestão é colocar cinco estrelas ao lado das mais importantes, quatro nas importantes, e assim por diante.
Em seguida é hora de começar a pesquisar. Busque artigos, livros e sites relacionados a cada um dos temas/idéias principais.
Na hora da pesquisa, é importante separar o mais importante (com mais estrelinhas), do menos importante. Por isso, comece nos assuntos centrais para não se perder lendo o que não vai contribuir para a construção de seu texto.
Bons lugares para pesquisa na net?
Bem, aí vão alguns:
Pesquisa de Livros do Google -- Aqui você vai encontrar livros, mesmo que incompletos, que certamente serão farto material de pesquisa. Veja aqui e aqui exemplos de livros sobre como escrever uma monografia. Melhor estar logado. Você pode usar sua senha do Orkut ou do Gmail.
Google Academico -- Pesquisa de artigos científicos.
Portal de Periódicos Capes -- Pesquisa de artigos científicos.
Scielo -- Pesquisa de artigos científicos na área de saúde.
Teses e Dissertações USP -- Teses e Dissertações do mestrado e do doutorado da USP na área de administração. Excelente!

Sugestões de como escrever bem? Espere o Artigo de Segunda.
Encontrou texto interessante em Inglês ou Espanhol e não consegue ler? Posso traduzir para você, podemos acertar o preço por e-mail (clique aqui).

Já temos vários artigos e um vasto material sobre o assunto?
Mãos à obra! Aqui não pode haver preguiça! Faça o fichamento de todos os textos, lembre-se de colocar a citação no cabeçalho. Veja figura 1. Assim como colocar as páginas das citações. (Veja aqui como fazer um fichamento).

Parabéns! Terminou os fichamentos. WAW! Você merece minhas sinceras congratulações! Não é todo mundo que chega aqui! Por isso que vemos tantos textos sem pé nem cabeça!

Agora é hora de revisitar o Brainstorming e organizar os fichamentos conforme as idéias estão ali colocadas. Veja que dúvidas foram respondidas. O que ainda falta? o que tenho que pesquisar mais? O que já está suficiente? O que foi mais interessante pesquisar? Vamos começar a escrever por aqui?
Recorte e cole algumas das frases/citações mais interessantes em um documento do Word (faço online também usando o Google Docs) e desenvolva estas idéias (aproveite e coloque autor/ano/página nas citações diretas que fizer). Pode, também, articular uma idéia de um autor com outra. Criticar e buscar falhas nas idéias também é interessante. Faça isto com vários assuntos em documentos diferentes.
Ainda não é hora de escrever a introdução nem a conclusão. Simplesmente desenvolva os assuntos pesquisados sem muita pretensão.
Em seguida, junte os documentos em um só, obedecendo àquela primeira numeração que foi feita.
É hora de buscar articulação entre as sessões. Aqueles vários documentos diferentes precisam ser um corpo só, agora. Para isto, faça a relação lógica, crítica e de causa-e-efeito entre os parágrafos; depois, as sessões; enfim, o texto todo. É importante, para tanto, que se faça um bom uso dos conectivos (veja aqui os mais importantes).
A pesquisa empírica será tema de outro post.
Agora, sim, escreva a introdução, mais ou menos como um resumo de tudo, e a conclusão, esta escrita a partir da conclusão lógica da discussão de seu texto. Coloque na conclusão o que achou de mais interessante, que falta pesquisar, que não encontrou na literatura. Faça uma conclusão leve, ela não precisa ser muito extensa.
Acha que acabou? Não! Não acabou. Você precisa revisar seu texto mais uma vez. Mostrar para alguém bom em correçao gramatical e que goste de ler, a fim de corrigir erros e te dar sugestões.
"Write something to suit yourself and many people will like it; write something to suit everybody and scarcely anyone will care for it." Jesse Stuart 
"Escreva algo que satisfaça você mesmo e muitas pessoas vão gostar;  escreva algo para satisfazer a todo mundo e certamente passará despercebido" Jesse Stuart

quinta-feira, 7 de maio de 2009

METÁFORA: A Galinha


Numa granja uma galinha se destacava entre todas as outras por sua coragem, espírito de aventura e ousadia. Não tinha limites e andava por onde queria.
O dono, porém, não apreciava estas qualidades e estava aborrecido com ela. Suas atitudes estavam contagiando as outras, que achavam bonito este modo de ser e já a estavam copiando.
Um dia o dono fincou um bambu no meio do campo, arrumou um barbante de aproximadamente 2 metros e amarrou a galinha a ele. Desse modo, de repente, o mundo tão amplo que a ave tinha foi reduzido a exatamente onde o barbante lhe permitia chegar. Ali, ciscando, comendo, dormindo, estabeleceu sua vida. Dia após dia acontecia o mesmo. De tanto andar nesse círculo, a grama que era verde foi desaparecendo e ficou somente terra. Era interessante ver delineado um círculo perfeito em volta dela. Do lado de fora, onde a galinha não podia chegar, a grama verde, do lado de dentro só terra.
Depois de um tempo o dono se compadeceu da ave, pois ela que era tão inquieta e audaciosa, havia se tornado uma pacata figura. Então cortou o barbante que a prendia pelo pé e a deixou solta.
Agora estava livre, o horizonte seria limite, poderia ir onde quisesse. Mas, estranhamente, a galinha mesmo solta, não ultrapassava o limite que ela própria havia feito. Só ciscava e andava dentro do círculo, seu limite imaginário. Olhava para o lado de fora, mas não tinha coragem suficiente para se "aventurar" a ir até lá. Preferiu ficar do lado conhecido. Com o passar do tempo, envelheceu e ali morreu.

Quem sabe esta história traz à memória a vida de algum conhecido. Nasce livre, tendo somente seus desejos como limite, mas as pressões do dia-a-dia fazem com que aos poucos seus pés fiquem presos a um chão que se torna habitual pela rotina. Olha para além do limite, que ele mesmo cria, com grande desejo e alimentando fantasias a respeito do que lá possa haver. Mas não tem a coragem para sair e enfrentar o que é desconhecido. Diz: "Sempre se fez assim, para que mudar? Ou meu avô, meu pai sempre fizeram assim, como eu iria mudar agora?"
Há pessoas que enfrentam crises violentas em suas vidas, sem a coragem de ir à frente e tentar algo novo que seja capaz de tirá-las daquela situação. Admiram que tem a ousadia de recomeçar, porém, eles próprios, queixando-se e lamentando-se, buscam algum culpado e vão ficando no lugar, dentro do limite o qual só existe na sua imaginação.
As características do mercado sempre foram coroar com o reconhecimento aqueles que inovam, criam ou provocam situações que chamem a atenção. O segredo do sucesso está na criatividade. Criar significa pôr em prática alguma coisa que não existe. Arriscar significa correr risco de perdas. Isto é fato, mas como se poderá saber o final da história se não se caminha até o fim?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Artigo da Segunda: Como Lidar com Pessoas Difíceis


Traduzido e adaptado do site The Simple Dollar  by Thiago Ribeiro 

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Como fazer quando você tem que tratar diariamente com pessoas estúpidas, irracionais e abusadas, especialmente quando elas estão em posição de autoridade e tem certo grau de controle sobre a sua vida?

Nunca encontrei uma pessoa totalmente racional. Nossa habilidade de guardar e processar informação é muito imperfeita para tanto. O livro Inteligência Emocional de Daniel Goleman descreve pessoas diagnosticadas com alexemia, a condição mediante a qual as pessoas ou não sentem emoções ou são completamente desligadas delas. A conclusão mais lógica seria achar que estas pessoas são super-racionais, mas não, elas não são. Elas não conseguem viver em sociedade, pois não tem o contexto emocional para decidir o que é importante. Não conseguem distinguir se ganhar dez centavos é tão importante quanto ganhar milhões de reais. Elas irão gastar horas em tarefas triviais, como decidir qual é a melhor hora para marcar o médico. 

Nossas emoções são parte importante na "lógica" da decisão -- nós "sentimos" a diferença entre o que é relevante e o que não é. 

Bem... e lidando com pessoas difíceis...

Não deixei de ser presenteado com este desafio, embora tenha sido empregado somente por seis meses em minha vida; pois estas pessoas estão em todos os lugares!

Tenho ainda que lidar com este tipo de pessoa nos meus negócios, com inquilinos, clientes, etc. Mas essas pessoas raramente chegam a mim porque eu lido com elas em dois níveis:

1) Conta-se a história que Buda foi verbalmente atacado por um homem. Este chegou até ele e começou a insultá-lo. Mas Buda assentou-se calmamente. Então o homem perguntou ao mestre porque ele havia falhado em retrucar aos insultos e ao abuso. Buda respondeu, "Se alguém te oferece um presente, e você o recusa, a quem o presente pertence?" Se alguém é irracional, abusado, você pode mentalmente recusar o "presente". 

Deixe a pessoa manter para si mesma a ira e a insanidade, e não se deixe afetar. Você vai precisar de prática, mas há muitas técnicas de visualização (Outros artigos sobre técnicas de visualização em breve) que podem te ajudar. Eu normalmente visualizo a ira como uma energia vermelha que rebate em mim ou passa através de mim e simplesmente retorna à sua fonte. Esta é a mensagem que mando para que o meu subconsciente saiba que a ira pertence completamente à outra pessoa. Isto me ajuda a driblar a manipulação que ela está tentando fazer em meu estado emocional e funciona muito bem. Eu nunca perco a cabeça a não ser que eu tenha alguma razão específica. Outro pensamento importante é lembrar que a ação daquela pessoa se deve a falta de amor e alegria na vida dela.

2) Agora que você tem as emoções sob controle, ainda tem que lidar com os resultados das ações da outra pessoa que o afetam diretamente. Às vezes só o primeiro passo é suficiente, o que fazer quando não o são? 

Você precisará agir e tomar o controle sobre a situação. Neste caso, eu uso minha lógica e inteligência para decidir o que fazer a partir das situações específicas. É como jogar xadrez -- se você sabe jogar, é necessário refletir sobre a reação do outro. Normalmente, mesmo pessoas ferinas e irracionais tem um comportamento previsível se você sabe um pouquinho sobre elas. Use o que você sabe para antecipar as respostas e para saber como lidar com os vários resultados possíveis. Sua informação pode ser imperfeita, mas faça o melhor que você puder. Pense nisto como um exercício de Risk Management (Gerenciamento de Risco). Aqui estão algumas ações:

  • Remova a pessoa de sua vida. Parece um pouco extremo, mas algumas vezes é a melhor opção. Se o proprietário de quem você é inquilino é realmente ruim, considere mudar. Se o seu chefe ou os colegas em geral são terríveis, deixe o emprego. 
  • Confronte diretamente a pessoa com o comportamento dela. Levante a bandeira dos seus princípios e do que é aceitável ou não em sua vida. Esta estratégia é a minha predileta, mas muitos não ficam confortáveis com ela. A vantagem desta abordagem é que você vai parar de jogar joguinhos e deixar claro o que você exatamente espera da outra pessoa. Esta seria minha decisão com um chefe difícil -- simplesmente colocar sobre a mesa o que está acontecendo, explicar porque certas coisas não são mais toleráveis para mim e detalhar o que eu quero ver acontecer. A outra pessoa pode recusar as suas demandas, mas ao menos vai saber o que você defende e vai decidir levando isto em conta. Faça uma linha e, se a outra pessoa cruzá-la, você saberá que é abuso intencional.
  • Utilize o condicionamento comportamental. Conheço uma equipe de trabalho que utilizou esta estratégia com seu chefe. Eles condicionaram-no a ser encorajador e assertivo. Ir até o chefe e confrontá-lo não funcionou, então eles trabalharam juntos para condicioná-lo comportamentalmente. Eles pararam de recompensar o comportamento negativo dele e reforçaram os seus comportamentos positivos. Quando ele era abusivo, era ignorado, ou os funcionários diziam: "Você está querendo nos manipular através de abuso verbal?" Eles sempre reagiam quando o chefe estava sendo abusivo, mas quando ele era encorajador, mesmo que só um pouquinho, como quando ele dizia "bom trabalho" ou "obrigado", eles não deixavam de reforçá-lo com elogios e agradecimentos pela gentileza e encorajamento. Dentro de poucas semanas, o chefe havia mudado completamente. (Outros artigos sobre técnicas comportamentais em breve)
  • Use sua influência. Pode ser arriscado, mas pode ser a melhor opção. Você pode precisar demitir alguém, se a questão é produtividade. Em empresas de software não é incomum um time pedir ao gerente para demitir um membro fraco da equipe que está atrapalhando o desempenho (Nota do Tradutor: Isto é difícil de se ver no Brasil!). Eu uso isto bastante quando estou lidando com pessoas difíceis nos negócios com mau comportamento intencional.
  • Deixe pra lá! Infelizmente, é a melhor opção, algumas vezes, para não deixar que alguém o machuque. Deixe rolar e vá em frente!

Há questões difíceis aqui também.... As razões de você estar permitindo que essa pessoa permaneça em sua vida são realmente válidas? Por exemplo, será que dinheiro é mais importante que qualidade de vida?

Penso que as pessoas frequentemente tem dificuldade em priorizar a qualidade de vida em detrimento de outras prioridades. Nós somos ensinados a simplesmente engolir "sapos" e a tolerar um chefe difícil (e, então, morrer de infarto ou aneurisma cerebral). Quando eu era empregado, eu particularmente não gostava do meu chefe, ele agia como um idiota e não parecia ser muito brilhante. Daí eu cheguei à conclusão que se eu fosse empregado o resto da vida, haveria outros chefes como ele, e não seria interessante ficar sempre pedindo para sair. Então decidi não ser mais um empregado. 

Quando trabalhei no mercado de games, encontrei desonestidade e incompetência, e foi muito comum sentir que seria difícil continuar naquele tipo de negócio, então passei a desenvolver games independentemente. 

Estou começando a dar palestras, tenho tido excelentes experiências e estou muito feliz neste caminho também.

Parece que diferentes tipos de carreiras atraem diferentes tipos de pessoas, e alguns negócios parecem que atraem mais idiotas do que outros. Você não é obrigado a trabalhar em um matadouro. Você pode pensar que deve lidar com um chefe difícil, mas não é verdade! Você não pode controlar tudo, ao contrário, em muitos casos, você tem controle suficiente para evitar se deparar com este tipo de pessoa. Só porque todo mundo ao redor tolera um chefe abusado, não significa que você também deve tolerá-lo.

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