Aprendi a não ter medo do que a vida reserva para mim
Aprendi que não preciso viver assombrado pelos fantasmas do passado
Que posso acreditar num futuro melhor
Que na vida, não se tem garantia de nada
Aprendi a conviver comigo mesmo
A me divertir
A fazer piadas, para mim mesmo
Aprendi que sou minha melhor companhia
Descobri que existem caminhos irresistíveis
Que não posso viver a vida pelos outros
Que arrogância é falta de confiança
Vejo por novos olhos
Novos a cada dia
A cada laço criado
Cortado, esmaecido
Fortalecido, energizado
Sinto uma brisa da sabedoria que tentaram um dia me ensinar
No colo de meu avô
Sinto a tempestade que tentei acalmar
De minha juventude insólita
Em quantas pedras me machuquei!
Estou olhando no horizonte
Não me sobra muito tempo a mais
Quanto ele será, não sei
Mas qualquer que seja, pequeno será
O que me resta de mim
Tecelão que sou
Uma rede coserei
De pessoas, experiências e Sentimentos
Quem sabe, um dia, Colorida rede
Lançarei ao infinito