A maior riqueza /
do homem/
é sua incompletude./
Nesse ponto/
sou abastado./
Palavras que me aceitam/
como sou/
— eu não aceito./
Não aguento ser apenas/
um sujeito que abre/
portas, que puxa/
válvulas, que olha o/
relógio, que compra pão/
às 6 da tarde, que vai/
lá fora, que aponta lápis,/
que vê a uva etc. etc./
Perdoai. Mas eu/
preciso ser Outros./
Eu penso/
renovar o homem/
usando borboletas.
Manuel de Barros
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