Texto originalmente em: BLOG PSICOPAUTA
Perls (1988) teorizou que há quatro distúrbios de limite, os quais estariam por trás das neuroses: a introjeção, confluência, projeção, e retroflexão. Os Polster (2001) acrescentaram a essa lista a deflexão; outros teóricos da Gestalt incluem mais três: fixação, proflexão e egotismo. A seguir, detalhamos cada um desses mecanismos de acordo com a concepção de vários teóricos da Gestalt-terapia.
INTROJEÇÃO: Perls (1988) considera que esse é o mecanismo por meio do qual incorporamos em nós mesmos normas, atitudes, modos de agir e pensar que são dos outros e não verdadeiramente nossos; uma internalização passiva do que vem de fora, quando o saudável seria haver uma mastigação antecedendo a assimilação. O indivíduo que introjeta não tem oportunidade de desenvolver sua própria personalidade e, ao absorver introjetos antagônicos, cria em seu interior campos de batalha com lutas onde nenhum dos lados ganha e que imobiliza o desenvolvimento da personalidade. De acordo com Perls (idem), a neurose surge se, na infância, o imperativo for contra a natureza e apesar disso aceito de bom grado.
Ribeiro (1997) define introjeção como o processo por meio do qual o indivíduo obedece e aceita opiniões arbitrárias, normas e valores pertencentes aos outros, engolindo coisas alheias sem querer e sem defender seus próprios direitos por medo da agressividade própria e da dos outros. A pessoa que introjeta prefere a rotina, as simplificações e as situações facilmente controláveis. Além disso, pensa que os outros sabem melhor o que é bom para ela e gosta de ser mimada.
Para Ginger (1995), a introjeção é a base da educação da criança: “nós só podemos crescer assimilando o mundo exterior, certos alimentos, certas idéias, certos princípios, mas se nos contentamos em engolir esses elementos sem os mastigar, eles não são digeridos, ficam em nós como corpos estranhos parasitas.” (p.134).
A concepção dos Polster (2001) é semelhante quanto à vulnerabilidade da criança à introjeção. Afirmam que elas têm necessidade natural de confiar em seu ambiente, pois no início precisam aceitar as coisas como elas vêm ou livrar-se delas quando puderem. “A criança aprende ao absorver o que está ao seu redor” (idem, p.87). Quando o ambiente é confiável, o material que recebe, seja comida ou tratamento pessoal, será nutritivo e assimilável, mas é enfiado apressadamente garganta abaixo. E quando o ambiente não é confiável? Quando quem deveria cuidar negligencia ou hostiliza? Segundo Tenório (2003), a introjeção torna-se a alternativa de resistência encontrada pelo organismo que fracassa na luta contra a imposição de algo nocivo e repugnante. “Se o ambiente não for confiável e benéfico, o material oferecido à criança pode ser tóxico e desagradável por ser incompatível com suas necessidades e, caso seja introjetado, permanecerá como corpo estranho e nocivo dentro do próprio organismo, impedindo seu processo natural de auto-regulação e crescimento” (Idem, p.38).
Um aspecto importante da introjeção é a insegurança que origina no indivíduo. “A pessoa que engoliu ‘sem mastigar’ os valores de seus pais, de sua escola e de sua sociedade clama que a vida continue como antes. Ela é um terreno fértil para a ansiedade e a defensiva quando o mundo a sua volta se transforma” (POLSTER, 2001, p. 87). Como afirma Tenório (2003), a diminuição do contato com o meio e consigo mesmo deixa o neurótico confuso e inseguro, sem poder identificar com clareza suas próprias necessidades. “Ele deixa de ser criativo e espontâneo e está sempre controlando a si mesmo para não cometer erros ou desagradar o outro” (p. 41).
Se na neurose o indivíduo tenta desesperadamente evitar o conflito e recuperar o equilíbrio com o meio (PERLS, 1981, in TENÓRIO 2004), a introjeção é o caminho escolhido para essa evitação. A pessoa que introjetou “manipula sua própria energia de modo a apoiar os padrões introjetados, e ao mesmo tempo tenta manter seu comportamento o mais plenamente integrado com seu senso pré-fabricado de certo e errado” (Polster, 2001, p. 87).
Delisle (1999, in TENÓRIO, 2003) explica que a criança exposta a situação ameaçadora ou hostil, da qual não possa fugir, vivencia um impasse existencial o qual ela enfrenta recorrendo à única alternativa de defesa de que dispõe: a introjeção. A experiência é, ao mesmo tempo, ameaçadora e indispensável, uma vez que fugir dela pode significar a rejeição ou a perda do amor dos pais, de quem depende de forma absoluta. A criança, então se submete passivamente à experiência tóxica. Delisle nomeia experiências tóxicas “engolidas sem mastigação” de microcampos introjetados. Essas estruturas precisam ser mantidas como fundo, sob o risco de serem revividos caso venham à tona. Para evitar isso, o Self mobiliza os mecanismos de interrupção do contato. Apesar de permanecerem no fundo, esses microcampos estão sempre ameaçando vir à tona, uma vez que são situações inacabadas ou gestalten abertas.
Segundo Tenório (op. cit.), as constantes ameaças de emergirem do fundo fazem com que os microcampos introjetados contaminem as novas figuras, distorcendo a percepção da realidade externa e causando reedição de situações inacabadas do passado.
“Esse fenômeno se assemelha à compulsão pela repetição de Freud ou o apego da libido aos objetos maus internalizados de Fairbairn. A repetição na neurose é, portanto, a externalização ou projeção de microcampos introjetados no mundo externo e a reativação das mesmas respostas defensivas” (idem, p.43).
CONFLUÊNCIA: Perls (1988) explicou a confluência como sendo o tipo de interação em que o indivíduo não sente haver uma barreira entre ele e seu meio, quando sente que ele próprio e o meio são um só; as partes e o todo são indistinguíveis entre si, como se dá entre mãe e recém-nascido. Em estado patológico de confluência, a pessoa não consegue fazer contato consigo mesma.
Para Ribeiro (1997), a confluência é o processo pelo qual a pessoa se liga fortemente aos outros sem diferenciar o que é seu do que é deles; aceita ser diferente para sentir-se semelhante aos demais e, embora com sofrimento, obedece a valores e atitudes da sociedade e dos pais; gosta de agradar aos outros, mesmo não tendo sido solicitada e, por temer o isolamento, aprecia estar em grupo, agarrando-se firmemente aos outros.
Polster; Polster (2001) acrescentam que um indivíduo pode fazer contratos de confluência também com a sociedade e como esta não reconhece esse acordo, o indivíduo vai se defrontar com a insatisfação e o ressentimento. Como parte do acordo unilateral, vai se comportar, adaptar-se e fazer todas as coisas que pensa que a sociedade exige, aprova ou incentiva. Em confluência ele está, na verdade, tentando fazer uma barganha, da qual espera obter retribuição ao seu desempenho. Com esse objetivo, se esforçará para ser bem-sucedido, estimado ou famoso e livre de doenças ou de dificuldades pessoais.
“Ele não faz as coisas apenas porque gosta; ele não está suficientemente em contato consigo mesmo para saber quando gosta do que faz. Concentra-se, sobretudo, em saber se os outros gostam do que ele faz” (op. cit, p.108). Mas por ser um acordo desigual (em geral os demais envolvidos nem sabem do contrato), não há recompensa e o indivíduo se sente magoado, ressentido, desconfiado e convencido de que as pessoas não têm nada de bom.
Acreditamos que isso ocorra também em escala menor, no âmbito familiar, por exemplo. Assim, parceiros de um casamento estarão cobrando atitudes e sentimentos concernentes a um “contrato” do qual na verdade eles não conhecem as cláusulas; irmãos estarão cobrando uns dos outros posturas e resultados relativos à manutenção e ao bem-estar da família, impositivamente sendo responsabilizados por atender às expectativas criadas pelo membro que faz confluência.
PROJEÇÃO: Perls (1988) afirma que a projeção é o contrário da introjeção: enquanto esta é a tendência a fazer a si responsável pelo que na realidade faz parte do meio, a projeção é a tendência a fazer o meio responsável pelo que se origina na própria pessoa. Na projeção, segundo esse autor, há o deslocamento da barreira entre nós e o meio, exageradamente a nosso favor, de modo que seja possível negar e não aceitar as partes de nossa personalidade que consideramos difíceis, sem atrativos ou ofensivas.
Apesar da introjeção ser mecanismo oposto à projeção, aquela produz esta: “em geral, são nossas introjeções que nos levam ao sentimento de autodesvalorização e auto-alienação que produz a projeção. Porque nosso herói introjetou a noção de que boas maneiras são mais importantes que a satisfação de imperiosas necessidades pessoais, porque ele introjetou a crença de que a gente deve ‘sorrir’ e suportar’, deve projetar e até mesmo expulsar seus impulsos que são contrários ao que agora considera atividades externas” (PERLS, 1988, p.50).
Segundo Perls (id.), a projeção é o mecanismo usado por excelência pelo paranóico persecutor e desconfiado que acusa os outros da agressividade própria projetada sobre as pessoas. “a paranóica tem sido, caso após caso, a personalidade mais agressiva que, incapaz de suportar a responsabilidade de seus próprios desejos, sentimentos e vontades, se liga a objetos e pessoas do meio. Sua convicção de que está sendo perseguida é de fato a afirmação de que gostaria de perseguir outros”(idem, p. 49).
“A pessoa super-alerta, super-cautelosa que afirma querer ter amigos, ser amada, mas diz, ao mesmo tempo, que ‘você não pode confiar em ninguém, que todos estão a fim de saquear o que puderem’, é uma projetiva por excelência” (Perls, 1988, p.51).
Os Polster (2001) afirmam que a projeção é própria do indivíduo que não pode aceitar seus sentimentos e ações porque não deveria sentir ou agir desse modo. Esse deveria tem origem nas introjeções que o levam a considerar seus sentimentos genuínos inadequados ou suas ações erradas. Isso resulta em um dilema, que o projetor resolve negando-se a reconhecer seu próprio ato perturbador e, em vez disso, o atribui a outra pessoa.
Para Ribeiro (1997) a projeção é o processo pelo qual a pessoa tem dificuldade de identificar o que é seu e atribui aos outros ou ao mau tempo, a responsabilidade pelos seus fracassos; desconfiando que todos sejam prováveis inimigos, sente-se ameaçado pelo mundo em geral, pensando demais antes de agir e identificando facilmente nos outros dificuldades e defeitos semelhantes aos seus e, tendo dificuldade de assumir responsabilidades pelo que faz, gosta que os outros façam as coisas no seu lugar.
Perls (op. cit.) enxerga projeção em algumas criações artísticas, como no trabalho do romancista: ele precisa se literalmente projetar em cada um dos personagens, ser os personagens para conseguir descrever suas emoções e reações. Apesar disso, o escritor não sofre confusão de identidade, como ocorre aos neuróticos, e sabe quando seus personagens saem e quando entram. O neurótico usa a projeção em relação ao meio e também em relação a ele mesmo. Assim, tende a se desapropriar dos seus próprios impulsos e de si mesmo.
RETROFLEXÃO: De acordo com Perls (1988), quando uma pessoa retroflexiona um comportamento, trata a si mesma como quis tratar a outras pessoas ou objetos. Pára de dirigir suas energias para fora, na tentativa de provocar mudanças no meio que satisfaçam suas necessidades e redireciona sua atividade para dentro, colocando-se como alvo do comportamento. Torna-se, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação; inimigo de si mesmo.
De acordo com Perls, Hefferline e Goodman (1951/75, in TENÓRIO, 2003) na retroflexão as energias e ações são direcionadas ao único objeto disponível no campo: sua personalidade e seu corpo. O retroflexor, em geral, se culpa e se arrepende do que faz; sente-se inadequado e insatisfeito nas suas relações com o meio e, na tentativa de evitar frustração, culpa e arrependimento, corrige e revisa várias vezes o que já fez.
Polster; Polster (2001) teorizam que a retroflexão é uma função hermafrodita na qual o indivíduo volta contra si mesmo aquilo que gostaria de fazer com outra pessoa ou faz consigo o que gostaria que lhe fizessem:
Suponha que a criança cresça num lar em que as pessoas, embora não abertamente hostis, sejam inacessíveis e insensíveis a suas manipulações naturais. Quando ela chora, não há colo em que possa se aconchegar. Afagos e carícias são ainda mais difíceis de acontecer. Logo ela aprende a consolar-se e mimar a si mesma, pedindo pouco para as outras pessoas. Mais tarde, ela compra a melhor comida para si mesma e a prepara amorosamente; compra roupas finas para si mesma (2001, p.97).
Esse comportamento, segundo os Polster, deriva da introjeção resumida na frase “meus pais não vão dar atenção a mim”, estendida genericamente para “ninguém vai dar atenção a mim, então tenho que fazer isso por mim mesma”. Essa criança pode optar por retrofletir impulsos hostis ou ternos. “Birras, golpes, gritos ou mordidas foram consistentemente suprimidos. Mais uma vez temos o conteúdo genérico introjetado, ‘eu não deveria ficar com raiva deles’ que é encoberto pela defesa retroflexiva; ela volta a raiva contra si mesma” (idem).
Resumidamente, Perls (1988) diferencia os quatro mecanismos teorizados por ele: “o introjetivo faz como os outros gostariam que ele fizesse; o projetivo faz aos outros aquilo que os acusa de lhe fazerem; o homem em confluência patológica não sabe quem está fazendo o que a quem e o retroflexor faz consigo o que gostaria de fazer aos outros” (p. 54).
DEFLEXÃO: De acordo com Clarkson (1989, in TENÓRIO, 2003), defletir significa evitar o contato direto com outra pessoa; reduzir a consciência do impacto do contato com o ambiente tornando-o vago, generalizado ou suave. Para Ribeiro (1997), defletir é desperdiçar energia na relação com o outro, recorrendo ao contato indireto, palavreado vago, inexpressivo ou polido demais.
Os Polster (2001), afirmam que a deflexão é uma manobra para evitar o contato direto com outra pessoa; uma forma de tirar o calor do contato real. Isso é conseguido ao se falar em rodeios, usar linguagem excessiva, rir-se do que a outra pessoa diz, desviar o olhar de quem fala, ser subjetivo em vez de específico, não ir direto ao ponto, ser polido em vez de falar diretamente, usar linguagem estereotipada em vez de uma fala original, exprimir emoções brandas em vez das emoções intensas; falar sobre o passado quando o presente é mais relevante. “A pessoa que deflete, ao responder à outra age quase como se tivesse um escudo invisível, muitas vezes experiencia a si mesma como imóvel, entediada, confusa, vazia, cínica, não-amada, sem importância e deslocada” (id., p. 103).
Os Polster ressaltam, no entanto, que apesar de ser autolimitadora, a deflexão pode ter base útil, como nas situações de tensão em que ser diplomático e polido evita antagonismos sem saída ou reações extremadas que dão caráter permanente a sentimentos apenas temporários. Quando não há intimidade e confiança suficiente entre as pessoas, defletir a raiva é mais sábio. O problema começa quando a pessoa passa a depender da deflexão e não consegue discriminar quando ela é necessária ou inadequada.
FIXAÇÃO: Para Ribeiro (1997) é o processo pelo qual um indivíduo se apega excessivamente a pessoas, idéias ou coisas e, temendo surpresas diante do novo e da realidade, sente-se incapaz de explorar situações que flutuam rapidamente, permanecendo fixado em coisas e emoções, sem verificar as vantagens disso.
Swanson (1988, in TENÓRIO, 2003) considera a fixação o oposto da deflexão. Para ele, deflexão é voar sobre, passar rapidamente de uma figura para outra; e fixação é ficar com o antigo e o familiar; permanecer compulsivamente com a mesma figura. Ambas resultam na redução da qualidade e da intensidade do contato.
PROFLEXÃO: Ribeiro (1997) define esse mecanismo de bloqueio de contato como sendo o processo por meio do qual a pessoa deseja que os outros sejam como ela quer, ou como ela própria o é, manipulando-os a fim de receber deles o que precisa, seja fazendo o que eles gostam, seja submetendo-se passivamente a eles, sempre tencionando ter algo em troca. O indivíduo que proflexiona não se reconhece como sua própria fonte de nutrição, lamenta profundamente a ausência de contato externo e a dificuldade do outro para satisfazer às suas necessidades.
Croker (1981, in TENÓRIO, 2003) explica que a proflexão pode ser melhor entendida se colocada em paralelo com a retroflexão. Enquanto na retroflexão a pessoa faz a si mesma o que gostaria de fazer ao outro ou o que lhe fizessem, na proflexão a pessoa faz ao outro o que gostaria de fazer a si mesma ou que o outro lhe fizesse. O proflector não desiste de conseguir que as outras pessoas façam alguma coisa por ele ou para ele e, quando não consegue seu intento, redobra suas manipulações para ter sucesso. Como ocorre com o retroflexor, o proflector também teme demonstrar suas carências e fragilidades e pedir diretamente, ao outro o que necessita. O proflector deseja que o outro imite seu gesto, faça o mesmo que ele faz ou responda conforme sua expectativa; empenha energia para manipular o outro de forma a obter o que deseja, em vez de usá-la diretamente para expressar esse desejo.
Para Tenório (2003), a proflexão pode tornar-se dolorosa quando o outro não coopera e as manipulações falham, produzindo ressentimento, às vezes apenas no proflector, que não tem suas expectativas satisfeitas, às vezes no outro, por nunca conseguir agradar ao proflector sendo o que é e agindo conforme seu próprio estilo. Como o outro é considerado uma espécie de tela onde o proflector projeta suas próprias expectativas sem conseguir aceitar o outro como ele é, esse ressentimento pode ser desesperador.
EGOTISMO: Para Ribeiro (1997), é o processo pelo qual a pessoa se coloca sempre como o centro das coisas, exercendo controle rígido e excessivo no mundo externo, pensando em todas as possibilidades para prevenir futuros fracassos ou possíveis surpresas. O egotista impõe de tal forma sua vontade que negligencia na atenção ao seu meio; tem dificuldade para dar e receber.
Dias (1994) define esse mecanismo como sendo a exacerbação da capacidade da pessoa em se perceber ou se auto-observar; em ter consciência de seus objetivos e do que precisa para realizá-los. A autoconsciência exagerada impede o envolvimento com o outro, que a pessoa se entregue no contato sem medo de perder seus próprios limites. Ao contrário do que ocorre na confluência, a fronteira que separa o eu do outro está rigidamente definida a ponto de impedir a percepção de aspectos da realidade externa. “O egotista, ao prestar muita atenção a si mesmo e às suas próprias necessidades, não enxerga ou nega a demanda do meio, fazendo com que sua ação se torne inadequada e seu contato insatisfatório, tendo como resultado a frustração e mais tensão, em vez de relaxamento” (DIAS,1994, in TENÓRIO, p.54).
Perls et al. (1997, in TENÓRIO, 2003) explicam o egotismo como um mecanismo que interrompe o processo de ajustamento criativo no contato final, momento em que a manifestação espontânea da ação é interrompida por força de um bloqueio na liberação do autocontrole. Como o egotista está sempre mais voltado para si do que para o meio, sua espontaneidade é inibida por força da introspecção.
DESSENSIBILIZAÇÃO: De acordo com Ribeiro (1997), é o processo pelo qual o indivíduo se torna entorpecido, frio diante de um contato; apresenta dificuldade para se estimular; sente diminuição da sensopercepção e em que há perda de interesse por sensações novas e mais intensas.
Tenório (2003) pontua que há semelhança entre dessensibilização e deflexão, já que nos dois processos ocorre diminuição da sensibilidade, consciência e contato com estímulos externos e internos considerados ameaçadores à estrutura do eu. Acrescenta, ainda, que essas duas formas de bloqueio do contato são defesas básicas existentes em qualquer tipo de neurose.
PARA MAIS INFORMAÇÕES, VISITE O EXCELENTE BLOG PSICOPAUTA: https://psicopauta.wordpress.com/letras/
Nenhum comentário:
Postar um comentário