Atendimentos no Edifício Aracaty Office. Para Supervisão e Atendimento Online agendar pelo Fone/WhatsApp (99) 9100-4404.
segunda-feira, 30 de abril de 2018
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Os deslimites da palavra
Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.
Manoel de Barros
quinta-feira, 19 de abril de 2018
sábado, 14 de abril de 2018
quinta-feira, 12 de abril de 2018
Depressão Anaclítica
Em 1914, Freud estudou a “escolha narcisista do objeto”, juntamente com a escolha “anaclítica”, em cujo caso o indivíduo está em busca de alguém que venha a preencher um vazio de mãe original.
Spitz (1965) estudou, desde a década de 50, a “depressão anaclítica”, a partir da observação de bebês que, quando eram separados de suas mães, entre o sexto e o oitavo mês, apresentavam uma sintomatologia que “assemelha-se de forma impressionante aos sintomas que nos são familiares na depressão adulta”.
Bowlby (1969, p. 211), psicanalista inglês, descreveu o fenômeno do apego (“attachment”), que
consiste na necessidade de uma vinculação afetiva entre a mãe e o bebê, anterior e independente de
qualquer tipo de aprendizado, como o da alimentação, por exemplo. Esse autor comprovou que os bebês que precocemente foram privados de suas mães passam por uma série de três fases, as quais
ele denomina de:
a) protesto (a criança chora, esperneia e volta-se para qualquer ruído ou som que possa indicar a mãe perdida);
b) desesperança (a etimologia composta por “des” [sem] “esperança”, indica que o bebê “cansou” de esperar, sendo que esta fase é análoga ao penar do adulto);
c) retraimento (indica o desapego emocional e é correspondente à indiferença e desvalia da depressão adulta).
É interessante o fato de que se pode traçar uma equivalência entre o fenômeno de “hospitalismo”, de Spitz, o de “desapego”, de Bowlby e o da “síndrome de adaptação ao estresse”, descrita pelo fisiologista H. Selye.
A depressão anaclítica (muitas vezes denominada como “depressão essencial”) corresponde, nos casos mais graves, ao abandono de todo interesse e de todas as formas de investimento em objetivos e idéias. Há falta de motivação para continuar a viver – e até para lamentar-se –, daí, a gravidade quanto a um possível risco de suicídio.
Spitz (1965) estudou, desde a década de 50, a “depressão anaclítica”, a partir da observação de bebês que, quando eram separados de suas mães, entre o sexto e o oitavo mês, apresentavam uma sintomatologia que “assemelha-se de forma impressionante aos sintomas que nos são familiares na depressão adulta”.
Bowlby (1969, p. 211), psicanalista inglês, descreveu o fenômeno do apego (“attachment”), que
consiste na necessidade de uma vinculação afetiva entre a mãe e o bebê, anterior e independente de
qualquer tipo de aprendizado, como o da alimentação, por exemplo. Esse autor comprovou que os bebês que precocemente foram privados de suas mães passam por uma série de três fases, as quais
ele denomina de:
a) protesto (a criança chora, esperneia e volta-se para qualquer ruído ou som que possa indicar a mãe perdida);
b) desesperança (a etimologia composta por “des” [sem] “esperança”, indica que o bebê “cansou” de esperar, sendo que esta fase é análoga ao penar do adulto);
c) retraimento (indica o desapego emocional e é correspondente à indiferença e desvalia da depressão adulta).
É interessante o fato de que se pode traçar uma equivalência entre o fenômeno de “hospitalismo”, de Spitz, o de “desapego”, de Bowlby e o da “síndrome de adaptação ao estresse”, descrita pelo fisiologista H. Selye.
A depressão anaclítica (muitas vezes denominada como “depressão essencial”) corresponde, nos casos mais graves, ao abandono de todo interesse e de todas as formas de investimento em objetivos e idéias. Há falta de motivação para continuar a viver – e até para lamentar-se –, daí, a gravidade quanto a um possível risco de suicídio.
segunda-feira, 9 de abril de 2018
segunda-feira, 2 de abril de 2018
Com medo de apresentar trabalhos, seminários? Pode ser fobia social ou timidez. Vamos conversar sobre isso?
O que é Ansiedade Social?
Ansiedade Social é um temor de situações sociais (p. ex., conversar, encontrar estranhos ou namorar/paquerar) nas quais pode ocorrer constrangimento ou há um risco de ser avaliado negativamente pelos outros. Ela está presente na timidez e na fobia social. Na intensidade da Ansiedade Social está a diferença entre timidez e fobia social.
O que é Fobia Social?
A Fobia Social é uma ansiedade social elevada e persistente que causa um sofrimento ou prejuízo significativo no funcionamento de um indivíduo. A fobia social é um transtorno de ansiedade que provoca na pessoa um medo de agir, comportar-se ou mostrar sintomas de ansiedade que sejam constrangedores ou humilhantes, fazendo com que ela evite situações sociais ou as suporte com bastante desconforto. Dentre os sintomas de ansiedade mais comuns do fóbico social destacam-se: rubor facial, sudorese, taquicardia, tremor das mãos ou da fala, urgência em ir ao banheiro, vomitar, nervosismo ou apenas medo.
O que é Timidez?
A Timidez é uma ansiedade social caracterizada por inibição ou passividade em situações sociais, geralmente acompanhada de alterações fisiológicas, como p. ex., desarranjo do estômago, palpitações, sudorese e rubor. É comum observar no tímido comportamentos como cautela, sossego, aversão a olhar (olhos para baixo), postura afundada e retraimento social. O tímido pode ter um empobrecimento na sua qualidade de vida e quando sua timidez é alta tem um risco aumentado de desenvolver transtornos de ansiedade como Fobia Social.
Quais as causas da Timidez e da Fobia Social?
Fatores genéticos: estudos mostram que existe uma predisposição hereditária temperamental de inibição comportamental. Esse fator deixaria as pessoas mais predispostas a desenvolver uma ansiedade social mais elevada.
Fatores psicossociais: teorias apontam que a forma que a criança se vincula emocionalmente com a mãe (apego inseguro), o estilo educativo dos cuidadores, por exemplo famílias isoladas socialmente do convívio com os outros e a relação da pessoa com os seus pares (p. ex., ser aceita ou rejeitada) vão ajudar no desenvolvimento da timidez e da fobia social.
Fatores de aprendizagem: alguns estudos apontam que o comportamento tímido surge de interações reforçadoras da predisposição biológica. Isso aconteceria a partir de um aprendizado inadequado da criança sobre si mesma e as pessoas nos seus relacionamentos interpessoais, e os seus fracassos nessas situações fariam que ela acreditasse que não é capaz de enfrentar ameaças, consolidando seu comportamento de timidez.
Tratamento da Timidez e da Fobia Social
O tratamento cognitivo-comportamental para a timidez e a fobia social objetiva mostrar a importância de enfrentar a questão o mais cedo possível e de permitir que o paciente tenha uma vida parecida com a que gostaria de ter, enfrentando seus medos e expondo-se às situações e aos mecanismos mentais que as tornam problemáticas. Em alguns casos mais graves de fobia social pode ser necessário o uso de medicação.
O protocolo de tratamento cognitivo-comportamental para a timidez e para a fobia social costuma abarcar pelo menos esses aspectos promotores de conscientização e mudança:
(a) Psicoeducação: desmistificar alguns conceitos equivocados do paciente em relação aos seus problemas e discussão sobre o modelo do tratamento;
(b) Identificação e reestruturação de crenças e pensamentos distorcidos negativamente sobre os eventos sociais vivenciados pelo paciente (o indivíduo tem a tendência a selecionar, processar e interpretar as informações sobre suas experiências sociais de forma rígida, negativa e persistente às custas de outras possibilidades de interpretação mais saudáveis, realistas e racionais);
(c) Substituição dos padrões comportamentais evitativos (comportamentos que têm a finalidade de suprimir ou reduzir a intensidade dos sintomas) por comportamentos mais adaptativos através de técnicas de enfrentamento das sensações corporais desagradáveis e das situações sociais temidas;
(d) Treinamento e desenvolvimento de habilidades sociais e interpessoais promotoras de uma maior satisfação e gratificação do paciente em relação as suas necessidades emocionais.
Texto do Psicólogo Alexandre Alves. Disponível aqui.
Assinar:
Postagens (Atom)